Quando chegámos ao auditório principal, estava no final da apresentação sobre patentes.
A apresentação do OLPC foi das primeiras a sério no FOSDEM e já apanhámos completa.
Foi especialmente interessante perceber o trabalho de investigação aplicada que estão a fazer, não fosse virem do MIT Media Lab. Não se estão a limitar a ser assembladores do que já existe.
Aqui vão alguns dos pontos que prenderam a minha atenção:
1.- A ideia de ligação À rede via WiFi assenta num conceito de "meshing" suportado na tentativa de normalização IEEE 802.11G. Ou seja, cada PC pode fornecer rede aos que estão na sua proximidade fazendo forward de pacotes para o próximo ponto de rede. Que pode ser outro OLPC ou ou um Access Point.
2.- Como cada portátil OLPC é um ponto da rede, então não se pode desligar se não deixava de fazer forward de pacotes. Se não se desliga, consome energia. Solução: ter um controlador de baixo consumo independente para a placa de rede e para o display.
3.- O storage é feito numa flash de 512 MB mas sobre JFFS2 que permite compressão... o que na prática dá algo como 1GB util.
4.- Software: Linux + Sugar (Gtk+ / Pango / Atk / Cairo)... ou seja, não é Gnome mas tem alguma proximidade. A "cola" é o Python. O processador de texto será uma versão ligeira do AbiWord.
Para o ano prevê-se a produção de 5 a 10 milhões de unidades.
O Jim Gettys acabou agradecendo o trabalho de todos no FLOSS. Sem ele, disse, não seria possível o projecto. Foi simpático. Recebeu uma ovação entusiastica de 30 segundos.
No final da apresentação, a curiosidade em torno dos primeiros prototipos era tão grande que o que ele trazia com ele foi cercado por mais de 30 pessoas a tirar fotografias e a filmar.

tags: ,
publicado por pinguinsmagicos às 11:24editado por Fábio Teixeira em 12/10/2010 às 11:17