Com dois dias de atraso, devido ao risco de se confundir com uma verdadeira mentira do dia 1 de Abril, cá fica o post sobre o OOXML passar a norma ISO, tal como já tinha acontecido com o ODF (utilizado pelo OpenOffice).
Para quem esteve envolvido na questão do lado da não-aprovação não deve considerar uma derrota.
A Microsoft teve finalmente uma resistência ao "quero-posso-e-mando" e na história da informática marca uma viragem.
Quem acredita que este processo não teve impacto na forma de trabalhar da Microsoft em relações a normas atente nesta expressão:
"tempo que o processo levou" X "investimento em pessoas e meios" X "desgaste público" = uma catrafada de dólares.
Uma "catrafada de dólares" a menos para os accionistas é algo que é compreendido na Microsoft.
Por outro lado, a Microsoft sempre ganhou por quebrar ou não seguir standards. Veja-se a interoperabilidade de documentos, kerberos para SSO e MAPI para mail. À custa dessa fuga aos standards conseguir dificultar a vida à concorrência do Office, AD e Exchange.
É sem dúvida uma vitória da Microsoft mas, como em muitas outras coisas, talvez a caminhada tenha sido mais importante que o destino.
Em Portugal, distinguiria o trabalho competente e incansável do João Neves e do Miguel Dias, de cada um dos lados da barricada.
A rever:
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